Mais um dia se vai, e com o silêncio a noite vem aproximando-se, com um lindo luar estrelas brilham no céu, e aos poucos vou sentindo o sopro frio da madrugada.
Com as mãos geladas, corpo tremulo e pensamentos ao vento, lembranças chegam a minha mente, e sinto uma vontade enorme de derramar uma lágrima, uma pequena gota que me faz tirar todo desespero que sinto dentro de mim! Fico calada, e em prantos tenho uma enorme vontade de gritar, e aos poucos vou tranqüilizando-me e vou vivendo sem ter para onde ir!
Olho para o espelho sem me conhecer, e eu nem sei mais o que estou fazendo! Então resolvi criar um Universo, onde tudo é perfeito, e em minutos que parecem eternos viajo num mundo que não existe!
Vou fechar os olhos e desaparecer, vou pegar um caminho desconhecido e me perder, vou fazer coisas extraordinárias, vou tentar tornar o mundo mais perfeito, e mesmo as coisas sendo como elas são, tentarei fazer diferente, vou tentar fazer as pessoas felizes, vou tentar ser feliz!
Saio sem destino, vejo pessoas nas ruas, clubes cheios, bares lotados, e descontente volto para o meu pequeno “mundinho” irreal, não sei como, onde e nem porque mais queria poder ver a vida de forma mais doce, sem crueldade, e dessa maneira vou seguindo minha caminhada e mantenho atitude e idéias singulares, impossíveis de serem modificadas ou se quer reconstruídas por tentativas alheias.
Sim; poucas coisas na vida são exatas, mais de uma eu tenho certeza: ninguém é unanimidade, ao longo de nossas vidas definimos nosso caráter, nossa personalidade e vivemos de acordo com normas e princípios que consideramos corretos. Entretanto, por mais sensatos que possamos parecer, definitivamente não há como agradar à todos. Na verdade, o que as pessoas deveriam saber de mim é justamente aquilo que ninguém consegue enxergar... as coisas passam , e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora, antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará, lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. E olhando pela janela vejo que outra noite se vai!